Novos Desafios

“932 – Por que, neste mundo, a influência dos maus geralmente sobrepuja a dos bons?
R. – Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão de preponderar”.

Estamos vivendo uma fase de transição da Humanidade. O Mundo de Expiações e Provas, que tem caracterizado o nível de evolução moral do nosso planeta, gradativamente vai ficando para trás com suas manifestações de violência, egoísmo, orgulho, prepotência e maldades.

Em seu lugar está surgindo o Mundo de Regeneração, que não é um mundo superior ou feliz, mas será um local em que os seus habitantes terão a convicção de que são Espíritos imortais, temporariamente encarnados na Terra, com o objetivo de aprimorarem-se moral e intelectualmente, já interessados, voluntária e conscientemente, em atender à lei do progresso: Lei de Deus, que a todos impulsiona.

Esse Mundo de Regeneração, todavia, não se apresenta pronto. Será construído, gradativamente, através do adequado comportamento dos seus habitantes, os quais estarão empenhados: em amar seu semelhante, silenciando os impulsos de cólera e ódio; em ser mais honestos, convencidos de que a desonestidade é nociva especialmente
para quem a exercita; em ajudar o próximo em tudo o que for necessário, certos de que a solidariedade vivenciada retorna em forma de segurança, paz, harmonia e justiça social; em ser fortes na prática do bem, cientes de que a ausência do bem abre espaço para a presença do mal, com os sofrimentos dele decorrentes.

As observações dos Espíritos Superiores acima transcritas não deixam dúvidas: quando os bons deixarem de ser tímidos e praticarem a bondade no limite das suas possibilidades, serão mais fortes que os maus e preponderarão.

Todos os que já têm conhecimento dos ensinos espíritas, mesmo que pequeno, estão em condições de, empenhando-se, colaborar na edificação desse mundo novo, construindo, em si mesmos, o homem novo, pela prática do Evangelho – expressão maior da Lei de Deus -, que Jesus ensinou e exemplificou.

A construção desse Mundo de Regeneração já se iniciou. Quanto antes participarmos, individualmente, dessa obra, melhor para nós e para os que nos cercam”.

Extraído da Revista do Reformador de Janeiro de 2007 – Editorial

“Os Tempos são chegados”.

“[…], diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride, fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. […]

[…] O progresso da Humanidade se cumpre, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é efeito dessas leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus, […]

[…] A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral. […]

[…]Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se ,… A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, se achará possuída de ideias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente,[…]

[…] «Quando se vos diz que a Humanidade chegou a um período de transformação e que a Terra tem que se elevar na hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas palavras; vede, ao contrário, a execução da uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana. ARAGO (Físico, astrônomo e matemático francês do século XVIII».

[…], a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. …, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral. […]

[…] A fraternidade será a pedra angular da nova ordem social; mas, não há fraternidade real, sólida, efetiva, senão assente em base inabalável e essa base é a fé, não a fé em tais ou tais dogmas particulares, que mudam com os tempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, … mas a fé nos princípios fundamentais que toda a gente pode aceitar e aceitará: Deus, a alma, o futuro, o progresso individual indefinito, a perpetuidade das relações entre os seres. Quando todos os homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que esse Deus, soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que não dele, porém dos homens vem o mal, todos se considerarão filhos do mesmo Pai e se estenderão as mãos uns aos outros. […]

[…] A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de ideias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana. […]”

Extraído do livro A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo, Cap. XVIII

[…] Compreendendo-se a transitoriedade da experiência física, a psicosfera do planeta será muito diferente, porque as emissões do pensamento alterarão as faixas vibratórias atuais que contribuirão para a harmonia de todos, para o aproveitamento do tempo disponível, em preparação jubilosa para o enfrentamento da mudança que terá lugar para muitos mediante a desencarnação que os levará para outro campo de realidade. […}

[…] Todos nos encontramos, desencarnados e encarnados, comprometidos com o programa da transição planetária para melhor. Por essa razão, todos devemos empenhar-nos no trabalho de transformação moral interior […]

[…] Sem dúvida, numa fase de grandes mudanças, conforme vem sucedendo, as dores sempre se apresentam mais expressivas e volumosas, porque os velhos hábitos devem ceder lugar às novas injunções do progresso. […]”

Extraído do Livro Amanhecer de uma nova era, de Manuel Philomeno de Miranda, por Divaldo Pereira Franco.

Muita paz!

Bibliografia:

Editorial – Revista Reformador – Janeiro de 2007 – acervo da Revista Reformador – FEB

KARDEC, Allan. A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo. 1ªed. Rio de Janeiro: CELD, 2003.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 63ªed. São Paulo: LAKE, 2002.

FRANCO, Divaldo Pereira. Amanhecer de uma nova era. 2ª ed. Salvador, BA: LEAL 2012.

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