“A arte, sob suas formas diversas, é a expressão da beleza eterna, uma manifestação da poderosa harmonia que rege o Universo; é o raio de luz que vem do alto e que dissipa as brumas, as obscuridades da matéria, e nos faz entrever os planos da vida superior. A arte é, por si mesma, plena de ensinamentos, de revelações, de luz. Ela arrasta a alma em direção às regiões da vida espiritual, que é a verdadeira vida, e que a alma anseia tornar a encontrar um dia.
A arte bem compreendida é um poderoso meio de elevação e de renovação. É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela embeleza a vida, sustenta e consola na provação e traça para o espírito, antecipadamente, as rotas para o céu. Quando a arte é sustentada, inspirada por uma fé sincera, por um nobre ideal, é sempre uma fonte fecunda de instrução, um meio incomparável de civilização e de aperfeiçoamento.
O pensamento de Deus é a fonte das altas e sãs inspirações. Se nossos artistas soubessem beber nessa fonte, nela encontrariam o segredo das obras imperecíveis e as maiores felicidades. O Espiritismo vem lhes oferecer os recursos espirituais de que nossa época tem necessidade para se regenerar. Ele nos faz compreender que a vida, em sua plenitude, é apenas a concepção e a realização da beleza eterna.
Viver é sempre subir, sempre crescer, sempre acrescentar em si o sentimento e a noção do belo.
As grandes obras só se elaboram no recolhimento e no silêncio, à custa de longas meditações e de uma comunhão mais ou menos consciente com o mundo superior. O alarido das cidades não é conveniente ao vôo do pensamento; ao contrário, a calma da natureza, a paz profunda das montanhas, facilitam a inspiração e favorecem a eclosão do talento. Assim, confirma-se, uma vez mais, o provérbio árabe: “O barulho é para os homens, o silêncio é para Deus!”
(Extraído do livro Espiritismo na Arte de Leon Denis, Parte 2 – Arte: Meio de elevação e renovação)
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Q.565 – Os Espíritos examinam os nossos trabalhos de arte e se interessam por eles?
Examinam o que pode provar a elevação dos Espíritos e seu progresso.
(Extraído de O Livro dos Espíritos. Parte II: Mundo Espírita – Cap. X: Ocupações e Missões dos Espíritos, questão 565)
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A MÚSICA
“A música desperta na alma impressões de arte e de beleza que são a alegria e a recompensa dos espíritos puros, uma participação na vida divina em seus encantos e seus êxtases.
A música, melhor que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida; eis por que a música é a própria voz do mundo superior”.
(Extraído do livro O Espiritismo na Arte de Leon Denis, Parte 7 – Música)
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EFEMÉRIDES DE MARÇO
- 09/03/1979 – Data da desencarnação de José Herculano Pires, autor de vários livros e tradutor das obras de Kardec.
- 09/03/1984 – Desencarnação, no Rio de Janeiro, Yvonne do Amaral Pereira.
- 31/03/1869 – Desencarnação em Paris, vítima de um aneurisma, Allan Kardec, O Codificador da Doutrina Espírita.
- 31/03/1897 – Fundação da Livraria da Federação Espírita Brasileira.
SUGESTÃO DE LEITURA:
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. [trad. de J. Herculano Pires]- 63ª ed – São Paulo.SP: LAKE. 2002 – 2ª parte Mundo Espírita, Cap. X, “Ocupações e Missões dos Espíritos”.
- XAVIER, Francisco C. O Consolador. 15ª ed. Rio de Janeiro. RJ: FEB.1991. 2ª Parte – II Sentimento: Arte
- VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita. 15ª ed. Brasília, DF:FEB. 1991. Cap. 44 – Perante a Arte.
Muita paz!
- DENIS. Leon. O Espiritismo na Arte. 2ª ed. Rio de Janeiro. RJ; CELD.2014
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. [tradução de J. Herculano Pires . – 63.ed. – São Paulo: LAKE , 2002.