Encontro Doutrinário: Carnaval

O GEYP organizou mais um Encontro Doutrinário com o tema Carnaval, que acontecerá no dia 04 de Fevereiro de 2017, Sábado, às 16h

Carnaval 

O que representa o Carnaval para o Espiritismo? O que podemos fazer para nos protegermos nessa época do ano? Como o amparo celestial trabalha em nosso auxílio? Como a prece pode nos ajudar nesses momentos? 

É através do conhecimento que fortalecemos nossas bases morais para as devidas escolhas no caminho do bem, da caridade. Trazemos algumas partes do cap. 22, “Atendimento coletivo”, do livro “Nas Fronteiras da Loucura”, de Divaldo Franco, que vão nos mostrar que não estamos sozinhos, que o mal nunca prevalecerá ao bem, que a misericórdia divina é infinita e trabalha incessantemente em nosso auxílio!

Na paisagem dos sofrimentos, sempre luz, incessante, a misericórdia de Deus socorrendo. Onde esteja a necessidade de qualquer porte, muito próxima está a ajuda do Amor.”

Preferindo, porém, fruir agora sem pensar no depois, muitos desperdiçam os melhores recursos da vida, imprevidentes, sem que se permitam a sabedoria dos investimentos morais para resultados mediatos, permanentes”. 

Busca-se o prazer do momento, que logo passa, esquecendo-se dos momentos que virão. Os gozos indevidos, apressados, portanto, são prévias das frustrações que chegarão, inevitáveis”.

Sucediam-se as lições de imprevisíveis causas, nos labores socorristas em que nos encontrávamos. O inumerável rol de acontecimentos, naqueles dias, que haviam recebido apoio e ajuda do plano espiritual, através do nosso Posto de emergência, surpreendia mesmo aos trabalhadores mais experientes em tarefas dessa natureza. Isso porque, na razão em que aumentam os problemas, surgem, igualmente, as soluções”. 

O Centro de Comunicações captava rogativas e distribuía mensageiros da paz, na direção dos suplicantes”. 

Dava-me conta, que nem sempre é o grau de gravidade do problema que desarvora a criatura, mas o valor que se lhe atribui”.

Anotavam-se, ali, fatores de pequena monta que respondiam por distúrbios de alta expressão, como ocorrências de grande periculosidade que se faziam superadas com relativa serenidade”.

A vida, são, desse modo, as experiências, os acontecimentos que exercitam o Espírito e moldam- no na fornalha das realizações para os ideais de enobrecimento e de paz em plenitude”.(…)

Fomos visitar algumas enfermarias, onde se recolhiam desencarnados daqueles dias e outros que foram trazidos para socorro, após os largos tempos em que se excruciavam, ignorando o que lhes ocorria”. 

Familiares reconhecidos, credenciados ao atendimento dos seres que lhes eram queridos, cooperavam na assistência dispensada pelo Posto, diminuindo a carga de esforço dos trabalhadores especializados”. 

A medida que examinava os enfermos ali albergados, dispensando esperanças e consolações, diretrizes e medidas mais eficazes, um sentimento de amor espontâneo e gratidão, sem alarde de todos, envolvia o Amigo Espiritual num halo de suave, indescritível claridade, cuja diafaneidade não tem como ser explicada”.

(…)

Neste capítulo, Manoel Philomeno de Miranda, narra um caso em que uma vítima de homicídio cruel, passeava com a esposa e a filha e que num momento de atrito entre o pai e os mascarados, um destes tira sua vida. Alguns trabalhadores do plano espiritual pressentiram a tragédia e tentaram ajudar o pai, mas por falta de resposta mental às suas induções, sugerindo que o pai e sua família se afastassem dos desordeiros ou recorressem à ação policial, os amigos espirituais nada puderam fazer. Diante do ocorrido, procuraram atender ao Espírito muito aturdido, em crise de loucura que o tomou, levando-o a um desses postos de atendimento do plano espiritual.

Manuel Philomeno de Miranda continua:

Dr. Bezerra pareceu penetrar-lhe o íntimo, enquanto eu conjecturava sobre a ocorrência infeliz. O passeio, de inocente recreação familiar, terminava em resultado infausto. Podia-se imaginar a soma de desespero que tombava de imprevisto sobre o lar, antes risonho e tranquilo. Automaticamente, recolhi-me em oração, suplicando pelo paciente ali conosco e sua família, que iniciavam rude experiência nova a partir de então”.(…)

Porque me notasse compungido com o drama que acabávamos de conhecer, [o Benfeitor] obtemperou

Esse é o campo onde devemos joeirar… Munindo-nos de compaixão, somos convidados ao auxílio, à educação das almas sem os caprichos de partidos ou interesses pessoais, sem amparar as vítimas, procedendo com malquerença em relação aos algozes, a todos atendendo indistintamente, não obstante, a cada um conforme lhe seja melhor para o progresso espiritual…”

Como o amparo ao órfão é luminosa caridade, a reeducação, em estabelecimento próprio, para o delinquente juvenil, também o é.”

O esclarecimento ao jovem constitui-nos dever imediato, no entanto, para o toxicômano, ao lado desse, faz-se-lhe preciso o internamento para terapia especializada.”

O socorro ao tombado por mãos criminosas é de urgência, todavia, o homicida necessita do cerceamento da liberdade para ser reorientado e dignificar-se.” 

A caridade e o perdão não compactuam, dando-se as mãos, em convivência pacífica com o erro e a criminalidade. Antes, diagnosticando o mal, propõem hábeis, específicas terapêuticas para a correção e extinção deles.”

Educar, reeducar são recursos de amor, terapias valiosas que fazem muita falta na Terra.”

Recordemos que o único título que Jesus aceitou, foi o de Mestre, que O era, demonstrando-nos ser a Terra um educandário onde todos, Seus alunos que somos, podemos optar em aprender com Ele ou com o sofrimento.” 

FRANCO, Divaldo Pereira. [Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda] Nas Fronteiras da Loucura. Cap. 22, “Atendimento Coletivo”, pág. 191. Editora Leal.

Assim, não nos esqueçamos do poder da prece, das mensagens edificantes, da nossa reforma íntima, do estudo da Doutrina Espírita, … aperfeiçoando o nosso campo mental para que possamos estabelecer sintonia com os bons Espíritos!

Esperamos por você! É uma ótima oportunidade para entender esta data sob a luz da Doutrina Espírita e esclarecer suas dúvidas.

Muita paz!

 

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