Natal e Ano Novo

A época evocativa do Natal de Jesus sempre provoca recordações e atividades que estimulam a confraternização. São momentos em que a sociedade gera uma atmosfera mais leve e fraterna.

O episódio da manjedoura deve realmente representar o ensejo de que o Cristo nasça na intimidade e no ambiente dos lares. Este foi o propósito de Francisco de Assis ao encenar, pioneiramente, o contexto do nascimento de Jesus, nos idos de 1223: criar uma Belém nos lares.

A obra inaugural da Doutrina Espírita – O livro dos espíritos -, reanuncia, como um dos seus fundamentos, os ensinos morais do Cristo e, em O evangelho segundo o espiritismo, Allan Kardec detalha, com os exemplos e parábolas de Jesus, a essência da sua mensagem, afirmando claramente: ”As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do Céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho¹”.

Tantas e tão importantes rememorações sugestivamente antecedem de poucos dias o ingresso no ano novo. O primeiro dia do ano, em nosso calendário, foi escolhido pela Organização das Nações Unidas, visando promover o dia da Confraternização Universal ou o dia da Paz, devendo ser, portanto, para todos os povos, tempo de recomeçar, criar projetos e expectativas de melhorias.

Anotou Emmanuel:

“Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão²”.

Que o Natal do Cristo traga maiores contribuições que ensejem o nascimento ou renascimento de sua mensagem educadora e libertadora desde os albores do Ano Novo.

Extraído do Acervo da Revista Reformador – Editorial -Dezembro 2013

Referências:

¹ KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. Ed. 3. Imp. (Edição Histórica) Introdução, it I.

² XAVIER, Francisco C. Vida e caminho. Espíritos diversos. São Bernardo do Campo(SP): Editora Geem.

Bilhete de Natal

(Espírito: Casimiro Cunha)

Meu amigo, não te esqueças,
Pelo Natal de Jesus,
De cultivar na lembrança
A paz, a verdade e a luz.

Não olvides a oração
Cheia de fé e de amor,
Por quem passa, sobre a Terra,
Encarcerado na dor.

Vai buscar o pobrezinho
E o triste que nada tem…
O infeliz que passa ao longe
Sem o afeto de ninguém.

Consola as mães sofredoras
E alegra o órfão que vai
Pelas estradas do mundo
Sem os carinhos de um pai.

Mas escuta: Não te esqueças,
Na doce revelação,
Que Jesus deve nascer
No altar do teu coração.

Muita paz!


  • Acervo da Revista do Reformador – Editorial – Dezembro 2013
  • XAVIER, Francisco C. Antologia Mediúnica de Natal. Pelo Espírito Casimiro Cunha. Cap. 30 – Bilhete de Natal – 6ª ed. Brasília (DF) FEB.
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