14º Aniversário do Grupo Espírita Yvonne Pereira

Em uma sessão solene no Instituto Espírita Bezerra de Menezes (IEBM), no  dia 24 de dezembro de 2006, véspera de Natal e aniversário da D. Yvonne do Amaral Pereira, o Grupo Espírita Yvonne Pereira foi fundado!

Estamos muito felizes de comemorar os 14 anos de abertura dessa casa que tem sido um ponto de luz em Icaraí, acolhendo os corações aflitos, tendo o estudo como fonte de esclarecimento e libertação, evangelizando almas e sempre buscando a fidelidade à Doutrina Espírita, como nos ensinou a nossa querida D. Yvonne.

Entretanto, neste ano de 2020, em função da pandemia do Covid-19, faremos uma comemoração diferente dos anos passados. Vamos celebrar esta data tão significativa com o momento de gratidão e com diversas palestras on-line nos nossos canais do Youtube e do Facebook, durante todo o mês de dezembro.

Venha celebrar e agradecer conosco a Deus, ao nosso querido amigo Jesus, à D. Yvonne Pereira e a todos os servidores anônimos do Cristo que nos auxiliam, nos amparam e nos conduzem!

 


 

Alicerces espirituais

O Centro Espírita é muito mais do que a casa física que lhe serve de sede. Transcende às paredes, aos muros que o circundam e ao teto que o cobre. Em verdade, o Centro Espírita é um complexo espiritual em que se labora nos dois planos da vida, o físico e o extrafísico, e com as duas humanidades, a dos encarnados e a dos Espíritos desencarnados.

Em razão disso, as providências e cuidados da espiritualidade maior são imensos quanto ao planejamento e à organização de uma instituição espírita.

Já há muito sabemos que as planificações espirituais antecedem as dos encarnados, por isso se diz, comumente, quando se pensa e projeta uma obra espírita, que esta já estava edificada na espiritualidade. O que é real e verdadeiro.

Os alicerces espirituais, portanto, são “levantados” bem antes, servindo de modelo para a obra que se pretende edificar no plano terreno.

Importa ter em mente que o Centro Espírita não é a casa onde ele se abriga, mas, sim, o labor que ali se desenvolve, o ambiente que se cultiva e preserva, a organização intemporal que o orienta e assessora, os objetivos e finalidades que o norteiam, o ideal e o sentimento com que o conduzem. Por isso prescinde a obra espírita do luxo e do supérfluo para atender à simplicidade e ao conforto que a tornem acolhedora.

As suas bases, os seus alicerces espirituais assim argamassados farão com que a obra se erga firme na Terra e permaneça de pé vencendo as tormentas e vicissitudes humanas. É “a casa edificada sobre a rocha”, de que nos fala Jesus, capaz de resistir através dos tempos. Mas que só se materializará se a equipe encarnada colocar dia a dia os tijolos do amor e o cimento da perseverança; se os labores ali efetuados levarem o sinete da caridade e do desinteresse pessoal, transformando-se assim em templo e lar, hospital e escola.

Reafirmamos: para isto não há necessidade de que a obra seja luxuosa ou grandiosa; ela poderá ser uma casinha simples, despojada, de acordo com a realidade local, e ter uma atmosfera espiritual resplandecente, resultante do trabalho que ali se realiza, pois no dizer de Léon Denis “no mais miserável tugúrio há frestas para Deus e para o Infinito”.

Um Centro Espírita bem orientado, que segue no rumo da luz, proporciona aos seus trabalhadores e frequentadores um verdadeiro recanto de paz e renovação íntima. A sua ambiência espiritual é percebida por todos, que ali encontram a harmonia vibratória que induz à calma e à paz.

O mundo lá fora apresenta-se conturbado, a violência grassa em vários níveis, a luta pela vida é árdua e, não raro, muito sofrida, mas portas adentro do Centro Espírita, nítida diferença existe. Aqui, a paz, as vibrações de fraternidade e amor, o trabalho no campo do Bem, as sementes de vida eterna que o Espiritismo lança nas almas, o reaquecimento da fé, a renovação da esperança, enfim, a certeza de que Jesus não nos deixou órfãos e nos dá a sua paz. Lá fora, o mundo. “No mundo só tereis aflições”, adverte Jesus.

Quanto há por fazer ! Arar e semear, zelar e produzir os frutos da fé raciocinada. As leiras dos corações aguardam as sementes de vida eterna.

Somos os pomicultores da Era Nova, na sábia palavra de Joanna de  Ângelis.

… Temos a aspiração superior de corresponder ao chamado do Mestre, que repercute na acústica de nossas almas.

(Extraído do livro Dimensões Espirituais do Centro Espírita  – Suely Caldas Schubert)                                                        

 


 

NATAL

(Pelo Espírito de Emmanuel)

Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra

e boa vontade para com os homens”.

(Lucas, 2:14).

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não

apresentaram qualquer ação de reajuste violento.

*

Glória a Deus no Universo Divino.

Paz na Terra.

Boa vontade para com os Homens.

*

O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranqüilidade ao mundo,

não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.

*

Nem castigo ao rico avarento.

Nem punição ao pobre desesperado.

Nem desprezo aos fracos.

Nem condenação aos pecadores.

Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.

Nem anátema contra o gentio inconsciente.

Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa

Vontade.

*

A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor

disposto à sublime renúncia até à cruz.

*

Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram

júbilo inexprimível…

*

Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.

*

O algoz seria digno de piedade.

O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.

O criminoso passaria à condição de doente.

Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon,

os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em

Jerusalém, os enfermos não mais sofreriam relegados ao abandono nos vales de

imunidade.

*

Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a,

transitou, vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.

*

Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos,

recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.

*

Natal! Boa Nova! Boa Vontade!…

Estendamos a simpatia a todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob

os esplendores de um novo dia.

 

(Extraído do livro Antologia Mediúnica do Natal – Francisco C. Xavier/Emmanuel) 

 


 

  • Schubert , Suely Caldas. Dimensões Espirituais do Centro Espírita. – 2ª ed. – 12 . imp. – Brasília: FEB, 2017.
  • XAVIER, Francisco C. Antologia Mediúnica de Natal. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. 17 – Natal – 6ª ed. Brasília (DF) FEB.
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