Especial Allan Kardec

No mês de outubro, celebramos 210 anos do nascimento de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita.

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Seu nome era Hippolyte Léon Denizard Rivail, antes de adotar o seu pseudônimo para uma diferenciação da Codificação Espírita em relação aos seus anteriores trabalhos pedagógicos. Ele foi um influente educador pedagogo Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha.

Autor e tradutor francês, pioneiro na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais, mais notoriamente a mediunidade, assuntos que antes costumavam ser considerados inadequados para uma investigação do tipo.

Obras espíritas

As cinco obras fundamentais da Doutrina Espírita são:

• O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857;

• O Livro dos Médiuns, em janeiro de 1861;

• O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;

• O Céu e o Inferno, em agosto de 1865;

• A Gênese, em janeiro de 1868.

Além delas, publicou mais cinco obras complementares:

• Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada mensalmente de 1 de janeiro de 1858 a 1869;

• O que é o Espiritismo? (resumo sob a forma de perguntas e respostas), em 1859;

• Instrução prática sobre as manifestações espíritas (substituída pelo Livro dos Médiuns; publicada no Brasil pela editora O Pensamento)

• O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862;

• Viagem Espírita de 1862 (publicada no Brasil pela editora O Clarim).

Após o seu falecimento, viria à luz:

• Obras Póstumas, em 1890.

Outras obras menos conhecidas foram também publicadas no Brasil:

• O Principiante Espírita (pela editora O Pensamento)

• A Obsessão (pela editora O Clarim)

Leia mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_Kardec

Leia o 1º artigo do livro Obras Póstumas – Deus:

Deus

1. Há um Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

A prova da existência de Deus temo-la neste axioma: Não há efeito sem causa. Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou, sequer, para os explicar. A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-Hi, Grande Espírito, etc.

Tais efeitos absolutamente não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta uma ideia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente.

2. Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.

Deus é eterno. Se tivesse tido começo, alguma coisa houvera existido antes dele, ou ele teria saído do nada, ou, então, um ser anterior o teria criado. É assim que, degrau a degrau, remontamos ao infinito na eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito à mudança, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo. É imaterial. Sua natureza difere de tudo a que chamamos matéria, pois, do contrário, ele estaria sujeito às flutuações e transformações da matéria e, então, já não seria imutável.

É único. Se houvesse muitos Deuses, haveria muitas vontades e, nesse caso, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo. É onipotente, porque é único. Se ele não dispusesse de poder soberano, alguma coisa ou alguém haveria mais poderoso do que ele; não teria feito todas as coisas e as que ele não houvesse feito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas mais mínimas coisas como nas maiores e essa sabedoria não permite se duvide nem da sua justiça, nem da sua bondade.

3. Deus é infinito em todas as suas perfeições.

Se supuséssemos imperfeito um só dos atributos de Deus, se lhe tirássemos a menor parcela de eternidade, de imutabilidade, de imaterialidade, de unidade, de onipotência, de justiça e de bondade, poderíamos imaginar um ser que possuísse o que lhe faltasse, e esse ser, mais perfeito do que ele, é que seria Deus.

 

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