Comportai-vos de forma a merecer as divinas alegrias que Deus concedeu à maternidade, ensinando a esse filho que ele está sobre a Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer.
(Allan Kardec, O Evangelho Segundo Espiritismo, 2ª edição, Celd, 2003, capítulo 15, item 9)
A Terra adota datas convencionais, para dizer a todos os homens dos sentimentos com relação alguém. Hoje, no vosso mundo, é adotada uma data para se falar das mães, e nós, daqui da espiritualidade, temos também a dizer algo referente a esse dia.
Entendemos que a maternidade é uma das tarefas importantes com que o espírito humano se depara, quando reencarna. Para a tarefa da maternidade, são escolhidos espíritos que já guardam no coração algum tipo de sentimento superior, aqueles que já sabem amar, doar-se, ou os que já são capazes de renunciar ou de envolver-se em vibrações do extremo apoio a um filho ou alguém.
Todos esses espíritos, quando no mundo espiritual, ouvem de um modo geral, preleções tendentes a estimula o sentimento materno. Retomando à Terra, alguns esquecem tais ensinamentos, outros se deixam envolver pelos conceitos de sobrevivência a qualquer modo, e outros, ainda, pura e simplesmente, esquecem tudo sem maiores considerações.
De volta ao mundo espiritual, as lembranças nos avisos que lhes foram feitos, antes de reencarnarem, sobressaem, surgem com mais ênfase, aparecem com detalhamentos não observados antes, e essas criaturas que não souberam ou não puderam manter o clima da maternidade plenamente, integralmente, sentem-se reforçadas na sua fé e retornam, em uma outra vida, com a mesma tarefa materna, para poderem exemplificar, aí sim, definitivamente, o valor que é dado às mães.
Quando vocês encontrarem alguma mãe que não traga no coração um sentimento de amor, de renúncia, de compreensão ou de dedicação, saibam: ou é um espírito apenas primitivo ou é um espírito que está esquecido temporariamente daquele aprendizado que teve, antes de retomar à Terra. Deplorem, não acusem; apenas deplorem que estas assim ajam. São espíritos que ainda não puderam guardar no coração a expressão plena das lutas para as quais reencarnaram. São almas que precisam aprimorar mais ainda as suas condições espirituais.
Quando a nós outros, todos aqueles que estamos vivenciando a experiência junto dos espíritos maternos, saibamos honrar-lhes o mandato, estimulando-os cada vez mais com a presença amiga e com o gesto de apoio, estimulando cada vez mais a esses espíritos que se dedicam ao divino mister de renovação interior pela transformação através do trabalho.
Que Deus faça com que todos vocês entendam ser a tarefa materna uma das mais importantes que existem na Terra. Não é apenas a expressão de um sentimento por um filho, mas é, principalmente, a experiência de um espírito que está aprendendo a renunciar, para aprender a doar-se incondicionalmente alguém.
Que Deus abençoe, ajude e conduza a todos! Paz! Muita paz!
Hermann
(mensagem recebida em 8/5/ 1993)