“Bem-Aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-Aventurados os aflitos, porque eles serão consolados. Bem-Aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. Bem-Aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados. Bem-Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-Aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-Aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e disserem todo o mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque é grande a vossa recompensa nos Céus, pois assim perseguiram os Profetas anteriores a vós.” – Jesus (Mateus, V: 3-12) Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, “Amar o Próximo como a si mesmo”, item 8, “A Lei de Amor”, o Espírito Lazaro nos fala que o Amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No item 9, o Espírito Fénelon trata o Amor como essência divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuis, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. Continuando em Fénelon, para praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar, pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e difícil, mas será realizada. Deus o quer e a lei de amor é o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além...
“Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.” “Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.” “As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e o cântico dos anjos se lhes associam. Homens, nós vos convidamos ao divino concerto. Tomai a lira; que vossas vozes se unam e que, num hino sagrado, elas se estendam e vibrem de um extremo a outro do Universo.” “Homens, irmãos a quem amamos, estamos juntos de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: “Senhor! Senhor!” e podereis entrar no Reino dos Céus.” – O Espírito de Verdade (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Prefácio, página 11.) O Espírito de Verdade nos exorta ao divino concerto incentivando-nos a amar, a seguir as leis divinas, fazendo a vontade do Pai. Allan Kardec explica em sua nota que a instrução acima resume o verdadeiro caráter do Espiritismo e o objetivo da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. OUVIR ESTRELAS Olavo Bilac “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto… E conversamos toda a noite, enquanto A Via-Láctea, como um pálido...
“Dia de verão! Ensina ao verme que rasteja sobre a terra, que os frutos da vida são formados no meio do fogo e das tempestades do nosso globo, mas, para amadurecer, eles também têm necessidade da chuva suave e do orvalho cintilante e do descanso reparador da noite.” “Ensina-me, dia de verão, que o homem formado do pó da terra cresce e amadurece como a planta que está enraizada no solo.” – Pestalozzi (No livro “Pestalozzi – Um romance pedagógico”, Capítulo 25, “Noite de Verão”, páginas 129 e 130.) Nós que já fomos crianças, segundo a nossa bagagem espiritual e a educação que recebemos de nossos pais, germinamos e nos tornamos árvores. Já produzimos nossos próprios frutos. Mas ao refletir sobre os frutos que produzimos, devemos nos questionar o que faríamos de diferente de nossos pais?! Até onde a educação que tivemos influenciou na árvore que somos hoje?! Segundo Walter Oliveira Alves, no livro “Pestalozzi – Um romance pedagógico”: “(…) no período que antecedeu a Revolução Francesa, Pestalozzi já comparava a educação da criança ao desenvolvimento da planta”. “A educação é, pois, um desenvolvimento das qualidades interiores do ser, mas é também um produto do trabalho da própria criança numa cadeia de progressão gradual, em uma ordem natural, em que cada progresso se torna um instrumento de novo progresso.” “Para que esse desenvolvimento seja harmonioso, Pestalozzi afirmava ser necessária uma ampla reforma, a começar pela família até atingir toda a sociedade.” Assim como Pestalozzi fala que a semente necessita também da chuva suave, do orvalho cintilante e do descanso reparador da noite; Gamaliel fala para Saulo de Tarso, no...