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DIVINOS DONS

Emmanuel

“Realmente, não foi o Pai Excelso quem nos instilou o Espírito do medo. Ao revés disso, conferiu-nos largamente a fortaleza da coragem, o amor e a moderação.

Todos somos, assim, dotados de recursos para desenvolver, ao infinito, os dons divinos da fortaleza que é valor moral, do amor que é serviço incessante no bem e da moderação que define equilíbrio.

Entretanto, à maneira do operário que foge à máquina, acreditando receber impunemente o salário da oficina, sem o suor do trabalho, desertamos da responsabilidade, supondo obter sem paga os benefícios da vida, sem o esforço do próprio burilamento.

O operário, nessas circunstâncias, ganha vantagens materiais; contudo, na intimidade, permanece no nível da incompetência; e nós outros, em semelhante atitude, podemos desfrutar considerações do plano terrestre, mas, por dentro, estacamos na sombra da ignorância.

É por isso que geramos, em nosso prejuízo, o clima de medo, em que os monstros do egoísmo, da discórdia, do desespero e da crueldade se desenvolvem, tanto quanto a cultura de várias enfermidades prolifera na podridão.

Não te percas, desse modo, nas ideias inquietantes ou destruidoras do medo, capazes de operar a ruína dos melhores impulsos, porque, se utilizas a fortaleza da coragem, o amor e a moderação – talentos de que o Senhor te investiu em favor do próprio aperfeiçoamento – seguirás para diante, na Terra e além da Terra, com a luz do coração e a paz da consciência.”

(Do livro “Palavras de vida eterna”, Cap. 84, Ed. Comunhão Espírita Cristã.) 

No livro “7 Minutos com Emmanuel – De ânimo forte”, comenta Haroldo Dutra Dias que “Quando compreendemos as dificuldades, as lutas do dia a dia, as provas e expiações que cercam o nosso destino como oportunidades benditas de desenvolver a fortaleza espiritual – que no fundo é resistência, é valor moral, é capacidade de perseverança –, de desenvolver o amor – que, como diz Emmanuel, é serviço incessante no bem –, e acima de tudo a moderação – que define o equilíbrio no uso dos potenciais e das energias que já coroam o nosso espírito –, enquanto somos capazes de utilizar esses três dons, para citar apenas três, nós poderemos desenvolver todos os outros, sem limites, e engrandecer o nosso espírito com a luz do coração e a paz da consciência.”. Ele explica que “o medo não vem de Deus, que é fruto dos nossos equívocos, das nossas deserções, do abandono deliberado do nosso posto de serviço, dos deveres que Deus confiou ao coração de cada um de nós.”. E finaliza dizendo que “assim que o espírito se dispõe a assumir as responsabilidades que aceitou no mundo espiritual antes da sua encarnação, quando essa aceitação e esse espírito de humildade nos envolvem, os dons da fortaleza, do amor e da moderação passam a se desenvolver como na Parábola do Grão de Mostarda e, ao longo do tempo, árvores frondosas começam a gerar frutos na intimidade do nosso próprio coração.”

SUGESTÃO DE LEITURA: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, “Sede Perfeitos”, Instruções dos Espíritos, item 7, “O Dever”.

No item 7, “O Dever”, cap. XVII, “Sede Perfeitos”, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o Espírito Lázaro, nos fala que “O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida.”. Ele explica que “na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as seduções do interesse e do coração.”. Porém, nos mostra como determiná-lo com exatidão. Aponta-nos onde o dever começa e onde termina na seguinte afirmação: “O dever começa exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais que ninguém ultrapasse o vosso.”. E finaliza dizendo que “O dever cresce e irradia sob uma forma mais elevada, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. A obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa; deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza de sua obra resplandeça a seus próprios olhos.”Lázaro (Paris, 1863)

SUGESTÃO DE LEITURA: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, “Sede Perfeitos”, Instruções dos Espíritos, item 8, “A Virtude”. 

No item 8, “A Virtude”, cap. XVII, “Sede Perfeitos”, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, o Espírito François-Nicolas-Madeleine, nos fala que “A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, elas são quase sempre acompanhadas de pequenas enfermidades morais, que lhes tiram o encanto e as atenuam.”. Ele explica que “A virtude verdadeiramente digna desse nome não gosta de exibir-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das multidões.”.

SUGESTÃO DE LEITURA: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVIII, “Muitos os Chamados, Poucos os Escolhidos”, itens de 3 a 5, “A Porta estreita”.

No item 5, “A porta estreita”, cap. XVIII, “Muitos os chamados, poucos os escolhidos”, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec, em referência às passagens dos textos evangélicos de Mateus, 7: 13-14 e Lucas, 13: 23 a 30, comenta que “Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o caminho do mal é frequentado pelo maior número. É estreita a da salvação, porque o homem que a queira transpor deve fazer grandes esforços sobre si mesmo para vencer suas más tendências, e poucos são os que se resignam com isso. É o complemento da máxima: ‘Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos.”. Ele explica que “Tal é o estado atual da humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais frequentada.”.

SUGESTÃO DE LEITURA: O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, Cap. VIII, “Lei do Progresso”, “Estado de natureza”, questão 776.

Kardec comenta na questão 776, que “O estado de natureza é a infância da Humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral. Sendo o homem perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não foi destinado a viver eternamente na infância. O estado de natureza é transitório e o homem dele sai em razão do progresso da civilização. A lei natural, ao contrário, rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à medida que melhor compreende e pratica essa lei.”

SUGESTÃO DE LEITURA: O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, Cap. VIII, “Lei do Progresso”, “Marcha do progresso”, questão 779.

Mais a frente, na questão 779, os Espíritos respondem a Kardec que “O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem ao mesmo tempo e do mesmo modo. É então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social.”

Haroldo Dutra Dias, no Seminário litero-musical “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”, cita uma frase que resume o que foi dito neste estudo: 

“Nós plantamos, nós regamos; mas só Deus dá o crescimento”.

Cabe a nós, corações sequiosos do Evangelho de Deus, fazer a nossa parte: esforçar-nos de coração e nos dedicarmos não somente ao estudo, mas à vivência do Evangelho em nossas vidas. É em nossa batalha interior e intransferível que a bandeira do Evangelho será reconhecida! Eduquemos nossas mentes e nossos corações sob o lema: Deus, Cristo e Caridade! 

Muita paz!


 

DIAS, Haroldo Dutra. 7 Minutos com Emmanuel, vol. 2 – De ânimo forte. Comentários e coordenação de Haroldo Dutra Dias. 1. ed. – Curitiba: Editora SER, 2015.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. [tradução de Evandro Noleto Bezerra da 3.ed. francesa, revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866]. – 2.ed. – 3.imp. – Brasília: FEB, 2015.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. [tradução de Evandro Noleto Bezerra a partir da 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, 10ª e 12ª.edições francesas]. – 4.ed. – 2.imp. – Brasília: FEB, 2014.

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