“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.” (Mateus 11, 28 a 30).
Uma das características que mais marcaram a presença de Jesus quando esteve entre nós, trazendo e exemplificando o seu Evangelho, foi, sem dúvida, o caráter consolador de sua ação.
Aceitando a designação de mestre, dedicou-se à sua missão de esclarecimento e assistência, orientação e amparo, revelando-se como guia e modelo para toda a Humanidade.
Convidando todos os homens a buscá-lo, oferece a recompensa do alívio para os aflitos e sobrecarregados.
Na fase de incertezas, de insegurança e de violência que o mundo atravessa, Jesus descortina à nossa frente um caminho de paz e renovação: revela que somos seres imortais em constante processo de aprimoramento; confirma os mandamentos da Lei de Deus, anunciados a Moisés, mostrando, porém, a sua misericórdia; coloca em prática o amor, no seu sentido mais elevado, que consiste em fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam; cura cegos e aleijados; liberta os sofredores dos processos obsessivos; tolera a agressividade humana; pratica, enfim, a caridade no seu sentido mais amplo – “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.
Entretanto, para que ocorra o alívio que ele oferece, é necessário colocar em prática os seus ensinos, verdadeiro resumo das Leis de Deus, as quais dão sentido à nossa existência, bem como carregar o fardo leve das boas ações, que se caracterizam pelo exercício do amor e decorrem das vivências dessas mesmas Leis, explicadas e exemplificadas no Evangelho.
(Extraído da Revista Reformador de Dezembro de 2007 – Editorial)
Conversa com Jesus
“ Senhor! Não lastimamos tanto
Contemplar no caminho a penúria sem nome,
Porque sabemos que socorrerás
Os famintos de pão e os sedentos de paz;
Dói encontrar na vida
Os que fazem a fome.
Ante aqueles que choram
Não lamentamos tanto,
Já que estendes o braço
Aos que gemem de angústia e de cansaço;
Deploramos achar nas multidões do mundo
Os que abrem na Terra as comportas do pranto.
Não lastimamos tanto os que se esfalfam
Carregando a aflição de férrea cruz,
De vez que nós sabemos quanto assistes
Os humildes e os tristes;
Lastimamos os cérebros que brilham
E sonegam a luz.
Não deploramos tanto os que suportam
Sarcasmo e solidão na carência de amor,
Porquanto tens as mãos, hora por hora,
No consolo e no apoio a todo o ser que chora;
Lamentamos fitar os amigos felizes
Que alimentam a dor.
É por isso, Jesus, que nós te suplicamos:
Não nos deixes seguir-te o passo em vão,
Que o prazer do conforto não nos vença,
Livrai-nos de tombar no pó da indiferença…
Inda que a provação nos seja amparo e guia,
Toma e guarda em serviço o nosso coração. ”
(Extraído do livro Mãos Marcadas, de Espíritos diversos por Chico Xavier)
SUGESTÃO DE LEITURA:
Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VI “O Cristo Consolador”.
Ressurreição e Vida. Leon Tolstoi por Yvonne A. Pereira. Cap. VII “O paralítico de Kiev”.
Muita paz!
Editorial – Revista Reformador – Dezembro de 2007 – acervo da Revista Reformador – FEB
Diversos Espíritos por Chico Xavier. Mãos Marcadas 19ª ed. Araras – SP, IDE, 2014.