Valorização da Vida: Uma Bandeira de Yvonne Pereira!

A VIDA… Eis o bem mais precioso que Deus nos deu!

Cada novo dia, novas oportunidades, esperanças e realizações. Oportunidades de superação das dificuldades que nos desafiam, esperanças em vivermos alegrias e bênçãos que iluminam nossas almas e realizações que marcam em nosso dia a dia, o testemunho de nossa fé em Deus – o Infinito Pai de Bondade que nos deu…a VIDA.

Temos desenvolvido, através do tempo, um olhar criterioso para as dificuldades, os problemas, as insatisfações, que acabam dando à nossa vida, traços de amargura e tristeza, gerando queixas e lamentos que por sua vez, alimentam em nós mesmos, estados de desequilíbrio mental e emocional que, fatalmente, acabam  por afetar  nossa saúde física.

No capítulo II, de O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec nos fala sobre – o Ponto de Vista – onde ele nos esclarece que: aquele que vê a vida de forma ampla, se estendendo além da matéria que nossos olhos físicos alcançam, consegue dar a ela – VIDA – sua dimensão real. O momento que passa é transitório, por mais difícil nos seja vivê-lo.

A certeza de que a reencarnação, é oportunidade bendita de aprendizado para todos nós e de que, as riquezas que necessitam ser por nós acumuladas são: as riquezas do coração, o bem que fazemos, o quanto já conseguimos perdoar, o quanto já conseguimos pedir perdão, o quanto o sol, a cada dia, nos ensina que a vida é dividida em pequenos ciclos, a fim de que percebamos melhor a benção do tempo que passa e que marca todas as vivências, às quais somos convidados a partilhar e compartilhar.

Essa visão ampla nos fortalece com a verdadeira fé e nos dá calma diante das piores tempestades. Kardec compara esse homem, “a um homem rico, que perde, sem lamentar, uma pequena soma”. – Isso porque ele sabe, o tamanho real da sua Vida, sendo assim, as perdas são relativas e sabe também, que a intenção da dor é nos fazer aprender e não nos fazer sofrer inutilmente. Já aquele que vê nesta existência terrestre, um único objetivo e fica indiferente aos valores que lhe cabe conquistar como Espírito imortal que é, Kardec o compara “ao pobre, que perde tudo e se desespera”.

Sejamos, pois, como o rico, acendendo em nós a ideia da VIDA, aprendendo a destacar a luz entre as sombras, o bem sobre o mal, a alegria de viver – apesar de tudo, acima de tudo, sempre!

Kardec, nos itens de 14 a 17, “O Suicídio e a Loucura”, do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, “Bem-aventurados os aflitos”, nos fala da prevenção do suicídio e da loucura: “A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. (…)”. No item 15, Kardec explica que “O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não vê um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? ” No item 16, Kardec fala sobre os incentivadores do suicídio quando explica que “A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. (…) Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral. ” Para concluir, no item 17, Kardec nos mostra outro resultado positivo do Espiritismo, dizendo: “Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunimente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à ideia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses”.

D.Yvonne A. Pereira no livro À Luz do Consolador, nos traz um alerta sobre o suicídio no artigo “O estranho mundo dos suicidas”.

“Um suicida por motivos nobres sofre os mesmos tormentos que os demais

Suicidas? Não haverá para ele uma misericórdia especial?

E então respondemos:

De tudo quanto, até hoje, temos estudado, aprendido e observado em torno do suicídio à luz da Doutrina Espírita, nada, absolutamente, nos tem conferido o direito de crer que existam motivos nobres para justificar o suicídio perante as leis de Deus. O que sabemos é que o suicídio é infração às leis de Deus, considerada das mais graves que o ser humano poderia praticar ante o seu Criador. Os próprios Espíritos de suicidas são unânimes em declarar a intensidade dos sofrimentos que experimentam, a amargura da situação em que se agitam, consequentes do seu impensado ato. Muitos deles, como o grande escritor Camilo Castelo Branco, que advertiu os homens em termos veementes, em memorável comunicação concedida ao antigo médium Fernando de Lacerda, afirmam que a fome, a desilusão, a pobreza, a desonra, a doença, a cegueira, qualquer situação, por mais angustiosa que seja, sobre a Terra, ainda seria excelente condição

“comparada ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio”.

Assim, caro leitor amigo, que no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações ocorre a Campanha “Setembro Amarelo”; uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção.

SUGESTÃO DE LEITURA:

  • O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, “Bem-aventurados os Aflitos”, itens 14 a 17: O suicídio e a loucura.
  • Memórias de um suicida – Yvonne do Amaral Pereira (Camilo Cândido Botelho) – o livro todo
  • À Luz do Consolador – Yvonne do Amaral Pereira – O estranho mundo dos suicidas.
  • Viver é a melhor opção – André Trigueiro

Muita Paz!


  • KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. [tradução de Guillon Ribeiro 3ª ed. francesa, revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866]. – 112ª ed. – Brasília: FEB, 1996.
  • PEREIRA, Yvonne do Amaral – À Luz do Consolador   – 3ª ed. – Brasília, DF: FEB, 1979.
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