“Em verdade, Simão, ser moço ou velho, no mundo, não interessa!… Antes de tudo, é preciso ser de Deus!…” – Jesus (Cap. IX, Boa Nova) Ainda hoje, podemos observar o entrechoque de opiniões entre os mais jovens e os mais velhos. Na família de Jesus, também havia este entrechoque de opiniões. Enquanto Pedro, André, João, Tiago, Tadeu falavam a respeito do bom aproveitamento de sua juventude quanto às pregações do Evangelho às nações, Simão acompanhava semelhantes conversações humilhado; questionando-se quanto à sua idade e as suas energias, porém, seu espírito se conservava firme e vigilante. Simão após expor os seus receios e as suas vacilações, observou que Jesus o fitava sem surpresa, como se tivesse pleno conhecimento de suas emoções. Jesus, então, questiona Simão: “(…) quem seria o mais velho de todos nós? A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao primeiro sopro da Primavera. O fruto, porém, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização.” – Jesus (Boa Nova, Capítulo IX, “Velhos e Moços”) Após longa reflexão, Simão ainda se sentindo depauperado e envelhecido, temendo não resistir aos esforços a que se obriga a sua alma na semeadura da doutrina santa ouve Jesus com sua serenidade enérgica: “(…) achas que os moços de amanhã poderão fazer alguma coisa sem os trabalhos dos...
“(…) E estendendo a mão para seus discípulos, disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos; porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe!’” 46. Enquanto ele ainda falava à multidão, a mãe e os irmãos dele estavam de fora, procurando falar-lhe. 47. E alguém disse lhe: “olha, tua mãe e teus irmãos estão lá fora e procuram falar-te.” 48. Mas ele respondeu ao que lhe falava: “quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 49. E estendendo a mão para seus discípulos, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos; 50. porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe!” – Mateus, 12: 46-50. No livro “Sabedoria do Evangelho”, 3º volume, no Capítulo “A Família de Jesus”, Carlos Torres Pastorino explica nesta passagem que Jesus, com o olhar benévolo sobre os que O rodeavam, lança Sua doutrina nítida: ‘o ideal é superior aos laços de sangue; a família espiritual é mais importante que a natural e sobreleva a ela’. ‘A lição de Jesus quanto ao modo de serem tratados os parentes consanguíneos, vale hoje e sempre. Não é o fato de haver um laço de parentesco, que pode desviar o curso evolutivo de um espírito. O parentesco espiritual de fraternidade REAL com todas as criaturas (porque filhos do mesmo Pai celestial) é muito mais forte; e Jesus ensina categoricamente: a ninguém na Terra chameis vosso Pai, porque só um é vosso Pai: aquele que está nos céus’ (Mateus, 23: 9), ou seja, no imo do coração:...
Para quem ainda não conhece, “Setembro Amarelo” é uma Campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações. Como falar sobre este tema sem destacar o livro “Memórias de um suicida”, de Yvonne do Amaral Pereira, e sua relação com o Centro de Valorização da Vida (CVV)? Vamos conhecer um pouco a sua história? “Memórias de um suicida” é uma obra de inegável valor doutrinário e de apoio e fortalecimento moral a todos que passam por dolorosas provações e expiações nesta vida. Este livro foi recebido em 1926; sendo publicado somente em 1956, 30 anos depois. Ele é uma exposição escrita e articulada de um crime atentado contra a própria vida e todas as suas consequências. Ele narra desde as tragédias que se desenvolvem no Vale dos Suicidas até o amparo maternal de Maria de Nazaré, no hospital que traz seu nome na espiritualidade. É de fato um marco na bibliografia mediúnica brasileira e o melhor exame sobre suicídio do ponto de vista doutrinário espírita. A D. Yvonne nos conta o que a motivou a escrevê-lo no livro “Pelos caminhos da mediunidade serena”, na Sexta Entrevista, com as seguintes palavras: “Creio que o verdadeiro motivo desse trabalho é o meu passado espiritual, porque eu fui suicida, também. Reencarnei com essa tarefa, este dever de escrever alguma coisa para reparar o passado.”...